François Englert e Peter Higgs descreveram a partícula
em 1964, mas somente no ano passado, foi possível provar que eles estavam
certos.
O prêmio Nobel de Física, anunciado nesta terça-feira (8) na Suécia,
foi para os descobridores da partícula que torna possível a existência de tudo
e de todos.
Para o cientista foi mais fácil explicar
o universo do que descrever o que sentia. "Eu não estou triste. É muito
bom", disse o belga François Englert.
Em 1964, em estudos separados, ele e o
outro vencedor do prêmio, o
britânico Peter Higgs, descreveram a chamada "partícula de Deus".
Eu, você e o universo inteiro somos
formados por partículas. O Bósons de Higgs, ou a partícula de Deus, é uma peça
fundamental, uma espécie de cola, que une todas as outras.
É difícil entender e pesquisar a
existência do Bóson de Higgs. Ele é invisível. Os dois pesquisadores demoraram
quase 50 anos para receber o prêmio Nobel porque, somente no ano passado foi
possível provar que estavam certos.
Foi preciso construir um acelerador de partículas,
um tubo de 27 quilômetros de extensão na fronteira da França com a Suíça. Nele,
os cientistas provocaram choques de núcleos de átomos em altíssima velocidade.
Com a separação, os pesquisadores finalmente puderam perceber um rastro do
Bóson de Higgs.
Na época, Peter Higgs, na
plateia, se emocionou. Ele achava que não viveria o suficiente para ver a
comprovação da teoria.
O diretor do centro de pesquisa, o CERN,
disse que não conseguiu falar com Higgs, mas é certo que ele está muito feliz
com o prêmio.
0 comentários:
Postar um comentário